domingo, 19 de setembro de 2010

A Historia do Basketball

A HISTORIA DO BASKETEBALL

Em Dezembro de 1891 o professor de educação física canadense James Naismith de 30 anos, do Springfield College (então denominada Associação Cristã de Moços), em Massachusetts, Estados Unidos, recebeu uma tarefa de seu diretor: criar um esporte que os alunos pudessem praticar em um local fechado, James Naismith logo descartou um jogo que utilizasse os pés ou com muito contato físico, pois poderiam se tornar muito violentos devido às características de um ginásio, local fechado e com piso de madeira,Logo escreveu as treze regras básicas do jogo e pendurou um cesto de pêssegos a uma altura que julgou adequada: 3,05 metros, altura que se mantém até hoje; já a quadra possuía, aproximadamente, metade do tamanho da atual. (A primeira bola de basquete foi feita pela A. C. Spalding & Brothers, de Chicopee Falls (Massachussets) ainda em 1891, e seu diâmetro era ligeiramente maior que o de uma bola de futebol.)

O primeiro jogo de Basquetebol foi disputado em 20 de Janeiro de 1892, com nove jogadores em cada equipe e utilizando-se uma bola de futebol, sendo visto apenas por funcionários da ACM. Cerca de duzentas pessoas viram o jogo, que terminou com o placar de 1 a 0, sendo a cesta feita de uma distância de 7,6 metros. Equipes de cinco pessoas passaram a ser o padrão por volta de 1897-1898. O basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas.

Para as mulheres o basquetebol iniciou em 1892 quando a professora de educação física do Smith College, Senda Berenson, adaptou as regras criadas por James Naismith A primeira partida aconteceu em 4 de Abril de 1896. A Universidade de Stanford venceu a Universidade da Califórnia

O Basquete no Brasil

Augusto Shaw recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época entre os homens.

Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College,

Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos. A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro. Em 1912, no ginásio da rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceram os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a freqüentar o ginásio da rua da Quitanda. Henry Sims, convenceu os dirigentes do América a.
As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em1919, com a vitória do Flamengo.
Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Basquete.
Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball.

domingo, 5 de setembro de 2010

O TELENCÉFALO

O telencefalo é formado pelos dois hemisferios cerebrais, o direito e o esquerdo, que são separados parcialmente pela fissura longitudinal do cérebro.Sendo que é dividido em 5 lobos: frontal, parietal, occipital, temporal e a ínsula, sendo que esta última não se relaciona diretamente com nenhum osso e situa-se profundamente no sulco lateral.


1.1 Lobo frontal

Responsável pela elaboração do pensamento, planejamento, programação de necessidades individuais e emoção. Os lobos frontais são considerados o nosso centro de controle emocional e lar da nossa personalidade.

Os lobos frontais são extremamente vulneráveis à ferimentos devido à sua localização na parte frontal do crânio, à sua proximidade com asa do osso esfenóide e ao seu grande tamanho. Estudos realizados com MRI (ressonância magnética) apontaram que a área frontal é a mais atingida por lesões traumáticas moderadas no cérebro.

Existem diferenças assimétricas importantes nos lobos frontais. O lobo frontal esquerdo está envolvido no controle de movimentos relacionados à linguagem, enquanto o lobo frontal direito desempenha um papel em habilidades não-verbais. Alguns pesquisadores enfatizam que esta regra não é absoluta e que em muitas pessoas ambos os lobos estão envolvidos em praticamente todos os comportamentos.

1.2 O lobo temporal

Lobo temporal é a estrutura central responsável pelo gerenciamento da memória. Fica localizado na parte lateral do cérebro.A inatividade desta área provoca a Síndrome de Klüver-Bucy.

Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas, tendo como principal função processar os estímulos auditivos. Os sons produzem-se quando a área auditiva é estimulada. Tal como nos lobos occipitais, é uma área de associação - área auditiva secundária - que recebe os dados e que, em interacção com outras zonas do cérebro, lhes atribui um significado permitindo-nos reconhecer o que ouvimos.

Na superfície supero-lateral é limitado superiormente pelo sulco lateral e a linha imaginária que forma o limite inferior do lobo parietal. Posteriormente estende-se até a linha que conecta o topo do sulco parieto-occipital com a incisura preoccipital.

Na superfície medial o seu limite posterior é uma linha imaginária que se estende da incisura preoccipital até ao esplénio do corpo caloso e o seu limite superior é o sulco colateral.

A superfície inferior contém o giro fusiforme ou occiptotemporal, que contém o giro occiptotemporal superior que se separa do lobo límbico pelo sulco colateral e do giro occiptotemporal inferior pelo sulco occiptotemporalO lobo temporal está associado regra geral a quatro funções:

Cortex auditivo primário – está contido em parte da superfície superior do lobo temporal que se continua com uma pequena área da circunvolução temporal superior.

Área de Wernicke – Importante para a compreensão da linguagem. Porção posterior da circunvolução temporal superior (geralmente do hemisfério esquerdo). Alguns autores estendem esta área para o lóbulo parietal inferior e para o giro temporal médio. Como estas áreas circundam o sulco lateral são muitas vezes referidas como zona da linguagem perisilviana. Processamento da informação visual – está particularmente contido na superfície inferior do temporal.Aprendizagem e memória – Parte mais medial do lobo temporal.

1.3 Lobo Parietal

Responsável pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão. Estimulação de certas regiões deste lobo em pacientes conscientes, produzem sensações gustativas. Também está relacionado com a lógica matemática. Os lobos parietais podem ser divididos em duas regiões funcionais. Uma envolvida na sensação e na percepção e outra responsável pela integração do input sensorial, primariamente com o sistema visual. A primeira função integra informações sensoriais para formar uma única percepção (cognição). A segunda função constrói um sistema de coordenadas espaciais para representar o mundo que nos cerca. Indivíduos com danos nos lobos parietais geralmente demonstram profundos déficits, tais como anormalidades na imagem corporal e nas relações espaciais.

Danos ao lobo parietal esquerdo podem resultar naquilo que é chamado de “Síndrome de Gerstmann.” Esta inclui confusão entre esquerda e direita, dificuldade de escrita (agrafia) e dificuldades com o pensamento matemático (acalculia). Também pode produzir desordens na linguagem (afasia) e a inabilidade de perceber objetos normalmente (agnosia).

Danos ao lobo parietal direito podem resultar na negligência a uma parte do corpo ou do espaço (negligência contralateral), a qual abala muitas das habilidades de cuidado próprio, tais como vestir-se e banhar-se. Danos no lado direito também podem causar dificuldades para a realização de muitas coisas (apraxia construcional), a negação de déficits (anosagnosia) e habilidades para desenhar.

Dos bilaterais (grandes lesões em ambos os lados) podem causar a “Síndrome de Balint”, uma síndrome motora e da atenção visual. Esta é caracterizada pela incapacidade de controlar voluntariamente o olhar (ocular apraxia), para integrar componentes da cena visual (simultanagnosia) e para alcançar de forma coordenada um objeto com o auxílio da visão (ataxia óptica).Déficits especiais (primariamente à memória e personalidade) podem ocorrer se houverem danos à área entre os lobos parietal e temporal.

Lesões na área parieto-temporal esquerda podem afetar a memória verbal e a habilidade da recordar seqüências numéricas. Lesões na área parieto-temporal direita estão relacionadas à problemas na memória não-verbal, podendo ocasionar mudanças significativas na personalidade.

1.4 Lobo Occipital

Responsável pelo processamento da informação visual. Danos nesta área promove cegueira total ou parcial. Os lobos occipitais são o centro do nosso sistema de percepção visual. Eles não são muito vulneráveis à danos por conta de sua localização na parte posterior do cérebro, embora qualquer trauma significante ao cérebro pode causar súbitas mudanças no nosso sistema visual-perceptual, tais como defeitos no campo de visão e escotomas. A região peristriada do lobo occipital está envolvida no processamento viso-espacial, discriminação de movimentos e discriminação de cores . Dano a um dos lados dos lobos occipitais podem causar perdas homônimas na visão com exatamente o mesmo corte no campo de ambos os olhos. Desordens no lobo occipital podem causar alucinações visuais e ilusões.

1.5 Lobo da ínsula

O lobo da ínsula está localizado na parte mais profunda do cérebro na face interna do lobo frontal é separada dos demais lobos por sulcos pré-ínsulares, uma de suas funções principais é coordenar as emoções fazendo parte do sistema límbico. Funciona como uma espécie de intérprete do cérebro, ao traduzir sons, cheiros, sabores, sentimentos de nojo, desejos, raiva, orgulho, e todas as formas de emoção e sentimentos são processados na porção frontal da ínsula. Os estudos da lobo da ínsula é relativamente recente, cerca de dez anos atráz era caracterizado como área mais primitiva do cérebro envolvidas em atividades básicas como, se alimentar e fazer sexo no entanto vimos que ela tem um papél primordial no processamento das emoções humanas. A ínsula ainda prepara o individuo para situações que estao por vir ajustando o metabolismo paro o inesperado. Em pacientes de fobias e trantornos obsessivo-compulsivo; a ínsula registra atividade intensa.


MENESES. M.S Neuroanatomia aplicada. Rio de janeiro. Guanabara koogan. 1999. Pag 237-263

Fonte da imagem: http://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm